quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Basilio Trevisan: 1876 a 1959.

Basilio Trevisan: foto parcialmente restaurada 
(fonte: FamilySearch)

Este é meu bisavô paterno, pelo lado da minha avó Eugenia Trevisan. Chamava-se Basilio Trevisan, nasceu em 09 de outubro de 1876 em Cessalto, Treviso, Região do Vêneto, Itália. Era filho de Ferdinando Trevisan e Luigia Pelizzer e veio para o Brasil em 1887 no navio Bretagne, com os pais e irmãos.  Encontrei essa foto hoje, numa busca na base de dados da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, também conhecida por Mórmons. Foi uma grata surpresa ver o rosto de uma pessoa que eu só conhecia de ouvir falar.  

Meu pai contava que ele era um homem cheio de manias, como a de cultivar um enorme bigode que assobiava quando ele bufava de raiva. Uma vez alguns amigos seus pediram que o barbeiro aparasse as pontas do bigode, enquanto ele estivesse cortando cabelo, por farra. Dizem que ele ficou furioso. Também tinha o hábito de fechar com arame o bolso do paletó onde colocava o dinheiro e esconder debaixo do travesseiro quando ia dormir. Quando houve a alteração da moeda de réis para cruzeiro, ele pediu ao meu pai e meus tios para conferirem se o dinheiro dele ainda tinha valor. 

Era um homem muito forte. Segundo meu pai, ele fabricava vassouras e ao amarrar os feixes de fibra ele puxava o arame com os dentes para dar aperto. O arame fazia inclusive um harpeado enquanto esticava. 

Meu pai contava também que ele gostava de fumar um cachimbo de cerâmica que teria ganhado como presente de casamento de alguém da Itália, ao qual chamava de "pita" (foto abaixo). Esse cachimbo existe até hoje e está na casa de um primo distante chamado Laércio Trevizan, que mora no Ipiranga, em São Paulo. É feito de porcelana e metal e mede entre 25 e 30 cm. Há uma inscrição nele que diz "ricordo d'Italia".


A "pita", foto de Laércio Trevizan.

Meu pai contava também que este bisavô costumava usar a fivela do cinto ao contrário, nas costas. 
Basilio Trevisan faleceu de um AVC em 16 de setembro de 1959, em Tupã, interior de São Paulo. 

Túmulo de Basílio Trevisan, em Tupã-SP (foto de Everaldo Trevizan).

Foi casado com Teresa Masiero e além de minha avó eles tiveram outros dez filhos: Fernando, Emilia (ou Emiliana), João (que meu pai chamava de "tio Gioanni"), Tereza, José, Pedro, Rosa, Olga, Guilherme e Avelino.  

7 comentários:

  1. Parabéns Ed Marcos ,tbm fiquei contente de ver nosso bisavô,tbm só conhecia ele de ouvir falar....um forte abraço fique com Deus.....

    ResponderExcluir
  2. SHOW PARABENSSS! CONHECI MEU BISAVO Basílio!

    (Jose Sarro Junior)

    ResponderExcluir
  3. Olá, como consigo mais informações sobre esta família de Trevisan??.. meu bisavô também nasceu em Cessalto, migrando para o sul do.Bradil em 1887.... No registro do batismo, aparece com padrinho um senho "Ferdinando". Talvez sejamos da mesma família. Moro em PARAÍ, serra gaúcha

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Jeremias. Escreva para meu e-mail e eu lhe passo mais informações que tenho: edsarro@gmail.com. Abs.

      Excluir
  4. Muito legal conhecer e ver imagens do meu ancestral Basílio que tanto ouvi falar. Eu também uso e prezo muito pelo meu bigode, que agora carrego no rosto com orgulho da minha ancestralidade. Salve, Basílio!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Bruno. Fico contente que o blog esteja cumprindo seu propósito. Tempos atrás descobrimos um ramo da família Trevisan na Serra Gaúcha por meio do blog. De onde você escreve? Obrigado pelo comentário e forte abraço!

      Excluir

Um pedaço da família na Serra Gaúcha

Entre tantas notícias tristes que chegaram do Rio Grande do Sul em meados deste ano, pelo menos uma  foi uma surpresa agradável: descobrimos...